economia

Sindicatos criticam falhas em cálculos do Governo

A CGTP e a UGT pedem ao Governo que seja mais realista e verdadeiro quando faz previsões sobre a inflação. O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado vai mesmo ao ponto de exigir aumentos intercalares. O Instituto de Estatística revelou que a inflação média de 2007 ficou nos 2,5 por cento, duas décimas acima da previsão do Governo.

João Proença da UGT diz que estes dados só confirmam o irrealismo do executivo para mal dos portugueses. «Este valor é claramente superior à previsão do Governo que apontava para uma inflação de 2,1», sublinha o líder sindical.

«Isso significa que os portugueses perdem poder de compra e que os salários negociados foram desvalorizada. E este é o 10º ano consecutivo que os sucessivos governos se enganam nas previsões», acrescenta João Proença.

Também Amável Alves, da CGTP, critica «estas previsões inferiores à verdadeira inflação», salientando os efeitos negativos nos salários dos trabalhadores e no aumento de custo de vida, sobretudo para os trabalhadores e os pensionistas».

Bettencourt Picanço, do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, sente-se agora reforçado para voltar a pedir aumentos ao Estado já que, afirma., «os dados sobre os quais o Governo negoceia estão errados».

Também o CDS-PP criticou, esta terça-feira, o Governo por «mais uma vez falhar» as previsões da taxa de inflação, frisando que são os mais pobres a sofrer com os preços altos e exigiu medidas de compensação para os pensionistas.

Na mesma linha, o presidente do PSD criticou o facto dos portugueses estarem «há nove anos a perder poder» de compraa taxa de inflação média situou-se em 2,5 por cento em 2007.

José Sócrates admite que falhou no cálculo da inflação [que em 2007 ficou duas décimas acima da previsão do executivo] mas salienta que o executivo acertou em todos os outros pontos.

Redação