economia

Pinho faz apelo para evitar saída de Portugal

O ministro da Economia fez, esta quinta-feira, um apelo para que sejam disponibilizados «rapidamente» os terrenos necessários para permitir a expansão da Citröen em Mangualde. A marca francesa ameaça deslocalizar-se para Marrocos caso não consiga as condições para ampliar as actuais instalações da fábrica.

O presidente da autarquia de Mangualde comprometeu-se, há mais de um ano, a expropriar terrenos de modo a que a empresa tivesse possibilidade de se expandir, o que até agora não aconteceu.

Confrontado pela TSF com esta situação, o ministro da Economia, Manuel Pinho, fez um apelo à Câmara Municipal para que resolva este problema.

«Faço aqui um apelo a quem tem capacidade para resolver os problemas relacionados com os terrenos para o fazer rapidamente, na medida em que é uma unidade muito importante em termos de emprego», afirmou.

O ministro defendeu ainda que é preciso apoiar o «ressurgimento da indústria automóvel em Portugal», lembrando que ainda na semana passada a Autoeuropa de Palmela anunciou a intenção de produzir um quarto modelo, possibilitando por essa via «uma duplicação da sua produção».

Manuel Pinho disse que «tem havido contactos próximos» entre o seu Ministério e a administração da fábrica de Mangualde, quer em Portugal, quer em França, de modo a receber garantias relativamente à unidade actual.

O ministro da Economia adiantou acerca desta situação que os responsáveis pela Citröen colocam a possibilidade de expandir a produção.

Manuel Pinho salientou também que para existir competitividade em Portugal é preciso dar «boas condições às empresas, o que deverá acontecer não só ao nível dos «terrenos para expandirem a produção», mas também da «qualificação da mão-de-obra» e «apoios ao investimento».

A fábrica de Mangualde emprega cerca de 1500 pessoas. O porta-voz dos trabalhadores disse estar surpreendido com o anúncio do ministro da Economia e garantiu que da parte da empresa não recebeu qualquer sinal de que a produção possa ser transferida para o estrangeiro.

A TSF já contactou o gabinete do presidente da autarquia que remete para amanhã qualquer declaração sobre o assunto.

Redação