Esta sexta-feira José Sócrates e José Luís Zapatero vão estar reunidos no mosteiro de Tibães, em Braga, na 23ª Cimeira Ibérica. Em destaque vão estar temas como a inovação e a ciência. Lisboa e Madrid estão dispostos a gastar 130 milhões de euros por ano para financiar o Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia.
Dois anos depois de terem desenhado o projecto, os governos de Portugal e Espanha lançam a primeira pedra para a construção do Laboratório Internacional de Nanotecnologia.
Entre o funcionamento, o ensino e a atribuição de bolsas, o laboratório vai custar aos dois países mais de 30 milhões de euros por ano. Mesmo com um atraso à data prevista, o lançamento do laboratório será o ponto alto da cimeira.
Este ano, a agenda da cimeira é mais tímida e mais curta, com Zapatero preocupado com as eleições de 11 de Março. Por isso, ficam de fora os acordos sobre segurança interna na península e o combate ao terrorismo.
Mesmo assim, Sócrates e Zapatero vão criar o conselho luso-espanhol de Segurança e Defesa. Pelo lado de Portugal, assentam praça em Braga 10 ministros e o primeiro-ministro que, com os homólogos de Espanha, vão criar parcerias que vão desde projectos ligados ao mar, um prémio cultural, o combate à imigração clandestina e, claro, os inevitáveis acordos económicos e ferroviários.
Segundo o Jornal de Notícias, esta cimeira tem ainda previsto um acordo sobre a construção de uma carro amigo do ambiente, um projecto que pode gerar 800 postos de trabalho.
O jornal fala ainda num acordo de pesca que permitirá a embarcações de pesca tradicional portuguesas fazer faina perto das Canárias, e às embarcações espanholas pescar perto dos Açores e da Madeira.