A Segurança Social registou um excedente orçamental de 1,1 mil milhões de euros em 2007, anunciou esta segunda-feira o ministro do Trabalho, que justificou este valor com o crescimento das receitas acima das despesas.
Este resultado, na óptica da contabilidade pública, supera o saldo global previsto no Orçamento de Estado para 2008 de 706 milhões de euros.
O saldo positivo da Segurança Social é justificado pelo crescimento das receitas efectivas, na ordem dos 4,4 por cento, acima das despesas, que cresceram 2,3 por cento em 2007.
As receitas aumentaram 4,4 por cento em 2007, face a 2006, para 20,2 mil milhões de euros, devido, em grande parte, ao comportamento das contribuições e cotizações que subiram 6,5 por cento, para 12,3 mil milhões de euros.
O crescimento das contribuições «é um factor de solidez» do sistema de Segurança Social, disse o ministro Vieira da Silva, na conferência de imprensa conjunta com o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, para a apresentação da execução orçamental de 2007.
Vieira da Silva explicou que a fase final do ano de 2007 foi «mais favorável», registando-se crescimentos das contribuições entre 7,2 e 7,3 por cento, o que permitiu ultrapassar, no global, os 5,75 por cento previstos inicialmente.
Ainda do lado das receitas, destaque para a dívida cobrada que atingiu os 313 milhões de euros, mais 31,6 por cento que no ano de 2006.
Por seu turno, a despesa efectiva atingiu os 19,1 mil milhões de euros no ano passado, o que traduz um acréscimo de 2,3 por cento face ao verificado em 2006.