O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários considerou não haver risco de uma recessão mundial, mas apenas nos EUA. Joaquin Almunia falava numa altura em que já se sabia da forte queda nas bolsas asiáticas e quando os mercados europeus abriam em baixa.
O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros entende que não se pode falar de um perigo de uma «recessão mundial» generalizada e prolongada, mas apenas de uma «recessão norte-americana».
Joaquin Almunia disse ainda esperar que os mercados «estejam mais calmos nos próximos dias» e que agora a questão «é saber como os EUA vão evitar a recessão».
O presidente do Eurogrupo (o fórum dos ministros das Finanças da Zona Euro) fez uma leitura semelhante, ao explicar que não vê um perigo de um "crash" financeiro generalizado.
«Quando os mercados financeiros agem irracionalmente e são conduzidos por um comportamento estranho, não há razão para os ministros das Finanças fazerem o mesmo», acrescentou Jean-Claude Juncker.
«Os europeus e a Zona Euro estão numa melhor situação que os EUA» para resistir ao abrandamento económico, explicou ainda o também primeiro-ministro luxemburguês.
Estas palavras surgiram numa altura em que já se conhecia a forte queda em todos os mercados financeiros asiáticos, com a Bolsa de Hong Kong a liderar as perdas com uma baixa de 8,65 por cento.
Os mercados europeus abriram todos em queda, esta terça-feira, incluindo a bolsa portuguesa, contudo, pouco depois da sua abertura, alguns destes já estavam a registar ganhos, algo que se passou com o principal índice da bolsa portuguesa, o PSI-20.