O ministro das Finanças recusou, esta terça-feira, a ideia de ter um «optimismo balofo ou gratuito» ao defender que a economia europeia e portuguesa têm condições que permitem enfrentar a actual crise nos mercados internacionais.
No final de uma reunião dos ministros das Finanças da União Europeia em que a crise dos mercados financeiros foi abordada,Teixeira dos Santos rejeitou ter uma atitude de «optimismo balofo ou gratuito», sublinhando que tal assenta numa «análise objectiva» da situação.
Teixeira dos Santos também rejeitou a ideia que o «problema
iniciado nos Estados Unidos» signifique necessariamente uma redução do crescimento português.
O ministro sublinhou que, apesar de os Estados Unidos terem
tido altas taxas de crescimento nos últimos anos, a economia do país tem «alguns desequilíbrios estruturais» que agora vão ter de ser corrigidos, nomeadamente défice orçamental e externo.
«É de contar com uma desaceleração da economia norte-americana», segundo Teixeira dos Santos, que acrescentou que não se pode dizer «peremptoriamente» que esse país vá entrar em recessão.
O ministro assegurou que, por seu lado, a Europa tem «fundamentais mais robustos» do que os dos Estados Unidos não sendo de esperar uma «desaceleração acentuada» no crescimento dos 27.
No que respeita a Portugal, «acho que não temos de estar permanentemente a rever previsões» de crescimento, destacou.