Os lucros do Banco Espírito Santo cresceram mais de 44 por cento, tendo-se fixado em 607 milhões de euros em 2007. Os bons resultados alcançados nos mercados externos, em especial no no Brasil e em Angola, estiveram na base destes resultados.
Os lucros do Banco Espírito Santo cresceram mais de 44 por cento para os 607 milhões de euros em 2007 muito por culpa da actividade internacional do banco, onde o crescimento foi quase de 52 por cento em relação a 2006.
Em declarações à TSF, o presidente deste banco explicou que a estrutura que dirige não alinhou no mercado das "subprimes", que provocaram problemas nos mercados financeiros mundiais, mas admitiu que a falta de confiança provocou falta de liquidez.
«O Banco Espírito Santo foi dos únicos bancos europeus que conseguiu ir ao mercado e fez uma emissão de 'covered bonds', que tem por trás hipotecas, e essa emissão foi subscrita em excesso. Isso mostra a enorme confiança do mercado no BES», explicou Ricardo Salgado.
A nível internacional, o responsável máximo do BES considerou que o banco está bem estabelecido em particular nos mercados emergentes, nomeadamente na América Latina, Brasil e Angola.
«O crescimento do Brasil foi extraordinário este ano e também os resultados cresceram bastante bem em Angola. Isso é uma das razões que não nos leva a alterar os nossos objectivos estratégicos, que são bastante ambiciosos», acrescentou.
Entre estes objectivos está o crescimento de 20 por cento ao ano nos resultados líquidos, e chegar a uma quota de mercado média de 22 por cento.
Contudo, o BES também vai apostar em mercados onde o banco geralmente não está presente, como por exemplo os mercados asiáticos com a aquisição do banco de investimento Evolution, em Londres.
«Outra é o Saxo Bank, um banco dinamarquês, a mais moderna plataforma operacional online e que tem um acordo operacional com o Best, que é o nosso banco electrónico», adiantou.
O BES poderá reforçar a sua posição neste banco, tornando-se assim no terceiro maior accionista do Saxo Bank, mas para Ricardo Salgado é preciso ver como corre a colaboração entre os dois bancos antes de tomar qualquer decisão.