economia

Funcionário assume parte da culpa por perdas

O antigo funcionário do Societe General que provocou uma perda recorde ao seu banco assume parte da culpa, mas recusa-se a ser o «bode expiatório» da instituição. Jerome Kerviel garantiu nunca ter tido ambições pessoais neste caso.

O ex-funcionário do Societe General acusado de ter causado um prejuízo de quase cinco mil milhões de euros a este banco francês, recusou-se ser o «bode expiatório» desta instituição, muito embora tenha dito que vai assumir a sua «parte da responsabilidade».

Em entrevista exclusiva à AFP, Jerome Kerviel explicou que se «perde a noção dos montantes» quando se fazem operações do género que levaram este "trader" a tomar em nome do banco para o qual trabalhava posições acima dos 50 mil milhões de euros.

Falando pela primeira vez sobre este caso, Kerviel, que está em liberdade, mas sob controlo da justiça francesa, recusou a dar pormenores sobre esta questão, uma vez que «reserva as suas declarações para os juízes».

«Nunca tive ambição pessoal nesta questão. O objectivo era o de fazer ganhar dinheiro ao banco», acrescentou Kerviel, que frisou não estar numa situação «suicidária ou depressiva» e de em momento algum ter pensado em fugir.

Jerome Kerviel é nomeadamente acusado pela justiça francesa de «abuso de confiança» ao provocar uma perda recorde de quase cinco mil milhões de euros ao banco para o qual trabalhava.

Redação