Mário Lino admitiu, esta terça-feira, que o LNEC vai comparar todas as propostas que surgirem para a nova ponte sobre o Tejo, desde que sejam «credíveis», depois de ter garantido que só seriam estudadas duas opções.
O ministro da Obras Públicas, Transportes e Comunicações admitiu, esta terça-feira, que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) vai analisar todas as propostas que surgirem para o traçado da nova ponte sobre o rio Tejo.
Após esta segunda-feira, quando foram anunciadas novas alternativas, ter garantido que a instituição «não tem tempo nem mandato» para estudar outras pontes, além das travessias Chelas/Barreiro e Beato/Montijo, Mário Lino disse, num debate promovido pela Ordem dos Engenheiros, que «o LNEC vai comprar todas as propostas que existirem».
«O LNEC está mandatado para fazer uma avaliação comparativa entre as propostas existentes» para a terceira travessia sobre o Tejo, «desde que devidamente fundamentadas», sublinhou o ministro, frisando que o LNEC não fará estudos, mas sim análises comparativas de estudos já existentes.
Às duas opções que o LNEC já estava a estudar, deverão juntar-se a nova proposta de Luís Cabral da Silva para uma travessia entre Alverca e Alcochete e outras duas avançadas por Pompeu dos Santos e José Lopes, cujas localizações não foram ainda divulgadas.
Apesar desta abertura, o titular da pasta dos Transportes ressalvou que as comparações do LNEC devem inclinar-se sobretudo para a travessia da alta velocidade no Tejo, porque a linha de comboio na Ponte 25 de Abril está saturada e não tem condições para o TGV.
O ministro acrescentou ainda que a travessia rodoviária só será considerada mediante os custos financeiros que envolver, porque pode aumentar em muito as despesas de uma nova travessia.
À margem do seminário, o presidente do LNEC garantiu que só tem dois estudos sobre a mesa, apesar de estar ainda prevista a entrega de outros três.
«Uma coisa é um estudo técnico onde eu já tenho alguns elementos que me substanciem um preço, uma abordagem integrada», entre outros elementos, «porque não é só ligar as margens», adiantou Matias Ramos, frisando que o «que se passa nas margens é tão ou mais importante que a ponte».