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Exército brasileiro vai assumir controlo da segurança no Rio de Janeiro

epa06371475 Army agents patrol after the arrest of Brazilian drug trafficker Rogerio Avelino de Souza, known as Rogerio 157, in Rio de Janeiro, Brazil, 06 December 2017. Rogerio 157, one of the city's most wanted drug traffickers, is accused of being the leader of a band that for months provoked a 'war' in the biggest slum of the city. EPA/ANTONIO LACERDA António Lacerda/EPA

A medida, que ainda terá de ser aprovada pelo Congresso, é tomada na sequência de uma onda de críticas devido às cenas de violência registadas durante o Carnaval.

Depois de seis dias de folia no Carnaval, o Rio de Janeiro caiu na real. Uma reunião, que terminou esta madrugada, entre Michel Temer, presidente da República, Luiz Fernando Pezão, governador do estado do Rio, e outras autoridades decidiu que as forças armadas vão intervir na cidade para assegurar a ordem pública até ao final do ano. O decreto será assinado a qualquer momento em sessão solene.

É a primeira vez desde a redemocratização do país, em 1985, após um regime militar de mais de 20 anos, que o exército intervêm desta forma - houve colaborações pontuais, em complexos de favelas cariocas, em visitas do Papa ou durante os Jogos Olímpicos mas sempre, com prazo curto.

Temer decidiu ainda criar um novo ministério, o 29.º do seu governo: o Ministério da Segurança Pública, que passará a cuidar de todas as polícias, esvaziando assim a anterior tutela, o Ministério da Justiça.

Causou estranheza a ausência de Marcelo Crivella, prefeito do Rio, durante a crise. O autarca, que é bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e sobrinho de Edir Macedo, líder da denominação religiosa evangélica, passou o Carnaval na Europa supostamente a tratar de questões ligadas à segurança em agências internacionais do setor. Fontes dessas agências, porém, desmentiram o prefeito.

A intervenção militar surgiu depois de durante o Carnaval se terem verificado arrastões, assaltos nos blocos, roubos, saques a supermercados e a morte de três polícias por, admitiu o governador Pezão antes d epedir ajuda federal, "falta de preparação da polícia local".