A Fapobol entregou dois processos de insolvência no Tribunal Comercial de Gaia, apanhando os trabalhadores de surpresa, disse esta terça-feira um dirigente sindical. A administração já fez saber, no entanto, que os processos são para recuperação.
A Fapobol, uma empresa de Vila do Conde proprietária de duas fábricas de borracha e materiais plásticos, entregou dois processos de insolvência, a 12 de Fevereiro no Tribunal Comercial de Gaia, disse esta terça-feira um dirigente sindical.
Os 169 trabalhadores das duas fábricas não imaginavam uma situação destas, até porque os salários estão em dia e a administração nunca deu conta aos trabalhadores das dificuldades da empresa.
Em declarações à TSF, Alcino dos Santos, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Industrias Químicas do Norte, disse que já foi solicitada uma «reunião de urgência com a administração» com vista a esclarecer a situação, «uma vez que os trabalhadores de nada sabiam e ficaram surpreendidos com a situação».
Alcino dos Santos adiantou que, em reuniões recentes com os sindicalistas, a administração informou que estava com «dificuldades financeiras pelo estrangulamento do fisco às contas da empresa, mas nada que fizesse parecer esta situação».
Para a próxima quinta-feira foi já marcado um plenário dos trabalhadores para analisar o caso.
Em declarações à agência Lusa, o director-geral da Fapobol esclareceu que os processos são para recuperar e não para liquidar, escusando-se a prestar esclarecimentos adicionais.
Entretanto, o presidente da Câmara Municipal da Vila do Conde, que esteve esta terça-feira na empresa, disse à TSF ter recebido garantias por parte da administração que estes processos são para recuperação e que os postos de trabalho não estão em causa.