Um especialista em alta velocidade defendeu, esta quarta-feira, que a linha do TGV passe pela margem esquerda do rio Tejo até à região de Santarém. Arménio Matias aplaudiu a disponibilidade do Governo para alterar o traçado.
O presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento do Transporte Ferroviário (ADFER) defendeu, esta quarta-feira, que a linha do TGV deve ser alterada no sentido de passar na margem esquerda do rio Tejo até à região de Santarém.
Arménio Matias começou por aplaudir a atitude do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, que disse, esta terça-feira, que o traçado da linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto é passível de alterações, para além das mudanças decorrentes da escolha de Alcochete para a instalação do futuro aeroporto.
«É uma atitude de bom senso», porque sendo o aeroporto na margem sul do Tejo, «tem todo o sentido que o eixo Lisboa-Porto se desenvolva pela margem esquerda» do rio até à região de Santarém, «caminhe para norte a leste da Serra dos Candeeiros» e «eventualmente até a leste da Serra D'Aire», na região de Leiria, disse.
O especialista em alta velocidade adiantou que a solução apontada está prevista no estudo da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) e engloba manter, a partir da região de Leiria, todo o traçado que tem sido estudado desde o início.
Esta opção é «mais barata, conduz aproximadamente ao mesmo tempo de percurso Lisboa-Porto e cria uma boa articulação entre a rede de alta velocidade e o aeroporto de Lisboa», acrescentou Arménio Matias.