economia

Nova ponte não vai estar pronta antes de 2015

A Consultora TIS, liderada por José Manuel Viegas, avaliou as opções para a nova ponte sobre o Tejo e chegou à conclusão que, qualquer que seja a localização, a obra nunca estará concluída nos prazos acordados na Cimeira Ibérica para a abertura da linha de alta velocidade entre Lisboa e Madrid.

José Manuel Viegas defende a opção Beato-Montijo. O consultor admite que a opção Chelas-Barreiro é mais barata mas avisa que vai demorar mais um ano a construir.

A Vasco da Gama serve de ponto de partida ao estudo da consultora TIS para a Terceira Travessia sobre o Tejo: demorou cinco anos e meio a construir, desde a decisão da localização até à entrada em serviço.

«Admitindo que o prazo até início da construção será pelo menos igual ao da ponte Vasco da Gama [2,5 anos], chega-se à conclusão de que não é possível cumprir a data de inauguração de 2013 acordada na Cimeira Ibérica, e que para qualquer das soluções [Chelas-Barreiro e Beato-Montijo] a melhor data possível de inauguração é 2015/2016», afirmam os autores do estudo.

Deste modo, e tendo como pressuposto que a «actividade crítica da construção» corresponde às torres, em que a duração das obras está «muito relacionada» com a altura, o estudo conclui que «a solução Chelas-Barreiro terá um prazo de construção de 4,5 anos, enquanto a Beato-Montijo terá um prazo de 3,5 anos».

Isto porque, precisa o estudo, a altura das torres para a ponte Chelas-Barreiro é de cerca de 200 metros, enquanto a localização no corredor Beato-Montijo «terá uma exigência menor para o vão e consequente menor altura das torres».

O relatório foi entregue esta quarta-feira ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil de forma a integrar a análise comparativa das várias ligações possíveis para a nova travessia.

Redação