A Galp Energia anunciou que quer investir 5,3 mil milhões de euros no período 2008-2012, dos quais cerca de 3 mil milhões de euros em Portugal. Sócrates esteve presente e sublinhou que este investimento é «interesse nacional» e que por isso será o primeiro projecto classificado como PIN+ pelo Governo.
A empresa afirmou que com este investimento em projectos em território nacional vai contribuir para o equilíbrio da balança energética do país, com uma redução de cerca de 520 milhões de euros na factura das importações e a criação de mais 7.300 empregos directos e indirectos.
A apresentação do plano de investimentos decorreu após a inauguração do novo edifício da sede da Galp Energia, em Lisboa, a qual contou com a presença do primeiro-ministro, José Sócrates, e do ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho.
O projecto de conversão e modernização das refinarias de Sines e do Porto, no qual a Galp vai investir mais de 1000 milhões de euros.
Sócrates explicou que o Governo já declarou o projecto de modernização das refinarias de Sines e do Porto que a Galp inclui nestes investimentos, é um «estratégico para o país» e será, por isso, o primeiro projecto em Portugal a ser classificado PIN +.
«Pelo nível de investimento e pelo que confere de segurança de abastecimento ao país, este será o primeiro projecto PIN + do país», afirmou José Sócrates.
O facto de um projecto ser considerado PIN + significa que, à partida, é «considerado estratégico» e que terá um licenciamento mais rápido.
«O modelo e o método de licenciamento [dos projectos estratégicos] permitem que seja dada prioridade à análise destes projecto», explica o primeiro-ministro.
A Galp vai investir 2,8 mil milhões de euros no negócio da refinação e distribuição em projectos de modernização das refinarias do Porto e de Sines, nos quais serão aplicados mais de 1.000 milhões de euros, no desenvolvimento de unidades de produção de biodiesel de segunda geração, bem como na conclusão da compra da rede da Agip Ibérica.
Estima-se que o projecto de conversão das refinarias venha a representar uma poupança de mais de 6 por cento na factura energética anual no país, com reflexos significativos ao nível da balança comercial portuguesa.
No negócio da exploração e produção, onde está concentrada a maior parte da actividade internacional da Galp Energia, serão investidos 1,5 mil milhões de euros para a exploração de petróleo nos blocos de Angola e Brasil.
No negócio do gás e electricidade a Galp quer investir mil milhões de euros no crescimento da rede de retalho de gás natural, através da construção de mais 2.105 quilómetros de rede de distribuição, do aumento da capacidade de armazenamento em 45 milhões de metros cúbicos, da construção da central de ciclo combinado em Sines e dos projectos de cogeração e energia eólica.