O Banco Central Europeu (BCE) anunciou que vai injectar no mercado 15 mil milhões de euros. Trata-se de uma acção que foi concertada com a reserva Federal norte-americana e que representa uma tentativa de acalmar a crise que se vive nos mercados financeiros.
A Reserva Federal norte-americana (Fed) anunciou uma série de medidas para aumentar a liquidez nos mercados financeiros, em coordenação com outros bancos centrais, entre os quais o BCE.
«As pressões sobre certos mercados voltaram recentemente a intensificar-se. Vamos continuar a trabalhar juntos e tomaremos as medidas apropriadas para fazer frente a estas pressões sobre a liquidez», escreve o banco central norte-americano num comunicado.
A iniciativa prevê a extensão dos acordos de oferta de liquidez existentes com o Banco central Europeu (BCE) e o Banco Nacional da Suíça (BNS), que foram implementados no Outono para lutar contra a acentuação da crise.
As bolsas europeias reagiram favoravelmente ao anúncio destas medidas concertadas, num dia em que o preço do petróleo bateu novos records, tanto em Nova Iorque como em Londres.
Fed aumenta valor linhas créditos europeias
A Fed vai fazer passar de 10 para 30 mil milhões de dólares a linha de crédito aberta no BCE e de 2 para 6 mil milhões de dólares a do BNS.
O banco central norte-americano anunciou a criação de um novo procedimento que vai permitir-lhe emprestar até 200 mil milhões de dólares de títulos do Tesouro a um grupo restrito de grandes bancos.
Estas acções completam as medidas anunciadas sexta-feira, com o aumento para 100 mil milhões de dólares dos volumes de liquidez postos à disposição pela FED nos seus leilões e o lançamento de uma operação de recompra de títulos de um montante equivalente.
Os bancos centrais participantes nesta iniciativa conjunta são - além da Fed, do BCE e do BNS - o Banco do Canadá e o Banco de Inglaterra.