economia

Governo decide adiar privatização

O Governo decidiu fazer uma «reestruturação profunda» na Docapesca e manter o actual modelo da empresa, porque não houve interessados na compra da empresa, segundo o Diário Económico. A reestruturação pode passar por dispensar mais de cem trabalhadores.

O Governo decidiu fazer uma «reestruturação profunda» na Docapesca e manter o actual modelo da empresa, porque concluiu que, neste momento, não existem condições para conceder a exploração da maior empresa europeia de venda de peixe a privados.

Segundo o ministro da Agricultura e Pescas, o objectivo é reequilibrar financeiramente a Docapesca e pô-la a funcionar em moldes mais racionais e modernos dentro de dois ou três anos.

A «reestruturação profunda» passa por acabar com os prejuízos, mudar a administração, reduzir o número de funcionários, de 570 para 129, racionalizar os 56 pontos de venda e subir as taxas cobradas aos compradores de pescado em três a cinco por cento.

Segundo o titular da pasta das Pescas, vai ser criado um leilão na Internet com acesso aos potenciais compradores de peixe, como restaurantes, hotéis, cafés e particulares, eliminando margens e simplificando processos.

Jaime Silva explicou à agência Lusa que a decisão tomada corresponde à vontade expressa por uma larga maioria de operadores do sector, que se pronunciaram a favor do Estado manter um papel activo no circuito de venda de peixe nos portos portugueses.

No entanto, em declarações ao Diário Económico desta quinta-feira, o ministro foi mais longe e assumiu que a privatização ficaria adiada por mais dois anos, porque não houve interessados na compra da empresa.

A Docapesca, cujo capital é totalmente detido pelo Estado, acumulou 7,5 milhões de euros de prejuízos desde 2004.

Redação