A Associação de Armadores de Pesca Industrial diz estar satisfeita com a decisão do Governo de adiar a privatização da Docapesca, mas lembra que o principal problema passa pela existência de um «mercado paralelo».Já a Federação dos Sindicatos de Pescadores diz que, caso se verifiquem despedimentos, tal só deverá acontecer com o «acordo dos trabalhadores».
O presidente da Associação de Armadores de Pesca Industria mostrou-se hoje satisfeito com a decisão do Governo de adiar da privatização da Docapesca.
No entanto, Miguel Cunha sublinhou que o principal problema passa pela existência de um «mercado paralelo», que acaba por retirar o negócio à Docapesca.
«Há cerca de 42 milhões de euros de pescado que foge aos circuitos legais de venda de peixe. Com as taxas existentes actualmente, a Docapesca tinha de receitas cerca de três milhões de euros», afirmou.
No entender do responsável, «é preciso fiscalizar a venda ilegal de peixe e fazê-lo passar pela lota, o que se torma mais difícil do que subir taxas, mas é o caminho que o ministro deve seguir».
Do lado dos pescadores, o coordenador da Federação dos Sindicatos de Pescadores, Frederico Pereira, admitiu que a Docapesca poderá ter funcionários a mais, mas lembrou que, caso se verifiquem despedimentos, tal só deverá acontecer com o «acordo dos trabalhadores».