economia

Entrega do estudo comparativo do LNEC adiada

O prazo para entrega ao Governo do estudo comparativo entre as alternativas para a Terceira Travessia do Tejo, a cargo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), foi esta segunda-feira adiado para a primeira semana de Abril.

Numa nota divulgada hoje, o LNEC informa que «só durante a última quinzena de Março foram disponibilizadas as contribuições escritas de alguns consultores, bem como de entidades às quais foram solicitados pareceres».

Por isso, com «a concordância» do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, o prazo que terminava esta segunda-feira foi alargado para a primeira semana de Abril.

A 07 de Fevereiro, o ministro Mário Lino mandatou o LNEC para fazer a análise comparativa para as opções para a Terceira Travessia do Tejo, dando à entidade um prazo de 45 dias.

O LNEC está a comparar as alternativas de contrução de pontes entre Chelas e Barreiro, a opção preferida pelo Governo, e entre o Beato e o Montijo, a possibilidade defendida pela CIP (Conferação da Indústria Portuguesa) no estudo sobre a localização do novo aeroporto em Alcochete.

O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações tinha garantido, em Fevereiro, que o LNEC irira estudas todas as alternativas, desde que fundamentadas, mas a instituição acabou por afastar propostas individuais apresentadas durante um seminário promovido pela Ordem dos Engenheiros,

por necessitarem de «fundamentação adequada».

O presidente do LNEC tinha já advertido que se chegasse à conclusão de que não seria possível ter um resultado em 45 dias, iria transmitir isso ao ministro Mário Lino.

A construção da terceira travessia do Tejo no eixo Chelas-Barreiro custará 1.700 milhões de euros, dos quais 600 milhões serão para a alta velocidade e 500 milhões para o tabuleiro rodoviário, enquanto a opção pelo eixo Beato-Montijo, está orçada em 1.150 milhões de euros

A Chelas/Barreiro terá duas vias para a alta velocidade, duas para a rede convencional e duas vias laterais com três faixas cada uma para o tráfego rodoviário, ao passo que a Beato/montijp seria exclusivamente ferroviária, com quatro vias, duas em bitola ibérica para os comboios suburbanos e duas em bitola europeia para servir a alta velocidade.

Para o tráfego rodoviário, o estudo da CIP propõe a construção de uma nova travessia rodoviária sobre o rio Tejo, entre Algés e a Trafaria, que também poderia ser efectuada através de um túnel imerso, e que teria uma portagem de 1,50 euros, o que elevaria para 1.800 milhões o custo total da solução apresentada pela CIP.

A alternativa Chelas/Barreiro demorará entre três a quatro anos a concluir - devendo o concurso ser lançado no terceiro trimestre deste ano.

Redação