José Sócrates defendeu que uma descida do IVA é socialmente mais justa do que uma descida do IRS. No debate quinzenal, o primeiro-ministro recordou ainda que a descida do défice não se baseou em «receitas extraordinárias».
O primeiro-ministro defendeu, esta sexta-feira, que a descida do IVA anunciada pelo Governo é socialmente mais justa do que uma descida do IRS, uma vez que assim a população com mais fracos rendimentos fica a ganhar.
Durante o debate quinzenal, no parlamento, José Sócrates justificou ainda que não baixou a taxa do IVA em dois pontos percentuais por causa da «prudência» e «segurança» que ainda é necessário ter.
O primeiro-ministro assegurou ainda que a «casa agora está em ordem» e recordou que o processo de consolidação orçamental feito pelo seu Governo «não se baseou em receitas extraordináriasou em contabilidades criativas».
«Este défice de 2,6 por cento em 2007 não foi obtido com a venda de nenhuma rede fixa à PT, não foi obtido por nenhuma titularização dos créditos fiscais, nem com nenhuma transferência de um fundo de pensões à Caixa Geral de Aposentações», lembrou.
Os ataques aos resultados das políticas económicas dos governos de coligação PSD/CDS-PP foram continuados pelo líder da bancada socialista na Assembleia da República.
«A direita obrigou os portugueses a fazerem uma vénia cuja curvatura foi 6,83 por cento de défice», lembrou Alberto Martins.