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Ministro diz que gostava de ter ido «mais longe»

O ministro das Finanças garantiu que, caso fosse possível, efectuaria uma redução mais acentuada do IVA. Entrevistado no programa Discurso Directo, Teixeira dos Santos admitiu que medida anunciada pelo Governo é um «sinal político», mas ressalvou que, acima de tudo, é um «sinal económico».

Entrevistado no programa Discurso Directo, uma parceria da TSF e Diário de Notícias, Teixeira dos Santos garantiu que, caso fosse possível, teria baixado mais a taxa do IVA.

«Eu gostaria de ter condições para ir mais longe. Se fosse possível tomar agora a decisão de baixar o IVA em dois por cento, tomá-la-ia», disse.

«Em termos de calendário, esta decisão é um sinal político mas também, e fundamentalmente, um sinal de política económica», acrescentou o ministro, quando questionado pelos jornalistas sobre a intenção da redução do IVA.

Em relação a uma eventual diminuição dos impostos, o ministro das Finanças assegurou que o «cinto apertado» vai continuar.

«Nós só podemos aliviar a carga fiscal aos portugueses quando não tivermos despesas para pagar tão elevadas, pelo que temos de prosseguir uma linha de orientação de aprofundar as reformas que já foram implementadas», considerou.

Sobre os objectivos a «médio prazo», Teixeira dos Santos mencionou a aproximação da economia portuguesa «de uma situação de quase equilíbrio orçamental», alcançando os zero por cento do défice em 2011.

No entanto, o governante revelou-se optimista, admitindo que as metas do Executivo podem ser antecipadas para 2010.

«O importante aqui é a referência do défice em 0,4 em 2010,

é o objectivo de médio prazo porque entre 0,4 ou 0,0 (em 2011) por cento não há grande diferença», explicou.

Redação