economia

Crise no imobiliário pode afectar mais de um milhão de trabalhadores

A crise no mercado imobiliário espanhol pode provocar, no espaço de apenas dois anos, a perda de mais de um milhão de postos de trabalho. Os portugueses que trabalham no sector em Espanha também vão ser afectados.

A consultora KPMG, uma das mais prestigiadas do mundo, considera que a crise no sector imobiliário espanhol é mais profunda do que se previa.

Estima-se que até 2010, o sector pode perder até um milhão e duzentos mil empregos.

No início deste mês, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Norte tinha dito que a crise que se vive em Espanha pode tirar o emprego a cerca de trinta mil imigrantes portugueses.

Ainda que o estudo não discrimine em concreto a origem dos trabalhadores que vão ser atingidos o certo é que a mão-de-obra portuguesa não escapará à crise anunciada.

O número de cidadãos nacionais que trabalham actualmente na construção civil em Espanha ronda as 100 mil pessoas, distribuídas por empresas do país vizinho ou por firmas portuguesas que funcionam em regime de subcontratação.

A KPGM lembra que a crise no sector da construção tem vindo a crescer desde os últimos meses do ano passado, representando a maior fatia do crescimento do desemprego no país vizinho.

O estudo agora divulgado diz que a crise financeira internacional e o endurecimento na concessão de crédito vão contribuir para uma desaceleração ainda maior no sector, com um decréscimo de casas a construir que pode chegar às 300 mil.

Redação