O Governo confirmou que a terceira travessia do Tejo será construída entre Chelas e o Barreiro com as componentes rodoviária e ferroviária. Para o Governo, esta opção, defendida pelo LNEC, é a «mais favorável para a travessia ferroviária do Tejo na área metropolitana de Lisboa».
O Governo anunciou, esta quinta-feira, que a terceira travessia do Tejo será construída entre Chelas e o Barreiro, comportando as componentes rodoviária e ferroviária.
Na opinião do Governo, esta opção «apresenta-se como a mais favorável para a travessia ferroviária do Tejo na área metropolitana de Lisboa» e que é «viável e justificável a associação de uma componente rodoviária» a essa travessia.
A decisão «preliminar» tomada pelo Governo tem por base o estudo do LNEC que comparou as alternativas Chelas-Barreiro e Beato-Montijo, um estudo que tinha sido feito a pedido do ministro das Obras Públicas, Mário Lino.
Com esta opção, o Governo colocou assim de lado a opção Beato-Montijo, que tinha sido apresentada no estudo da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) e que tinha sido aprofundada pelo especialista em Transportes, José Manuel Viegas.
Na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros em que foi tomada esta decisão, o ministro Mário Lino explicou que esta decisão «é política, bem fundamentada, do ponto de vista técnico».
«Para nós, esta decisão não é estranha porque o corredor Chelas-Barreiro já tinha sido adoptado por vários governos em várias alturas», lembrou.
Apesar de este corredor já estar previsto no Plano de Ordenamento da Área Metropolitana de Lisboa, e recordando que entretanto surgiram outras alternativas para esta travessia, Mário Lino explicou que o Governo quis ter a certeza da melhor opção e por isso mandou fazer o estudo sobre a questão.
O titular da pasta das Obras Públicas anunciou também que o concurso público internacional para a construção desta ponte será lançado em Novembro.
Mário Lino adiantou ainda que o estudo de impacto ambiental relativo a esta obra está «praticamente concluído e será entregue no Ministério do Ambiente no princípio de Maio».
A ponte Chelas-Barreiro terá uma extensão de 13 quilómetros, sete dos quais sobre o rio Tejo, permitindo ainda a ligação de Alta Velocidade entre Lisboa e Madrid que deverá ter início em 2013.
Esta ponte, que está avaliada em 1700 milhões de euros, terá duas vias de alta velocidade, duas para a rede convencional e duas vias laterais com três faixas cada uma para o tráfego rodoviário.
O estudo do LNEC considerou que esta opção seria melhor que a alternativa Beato-Montijo nos itens equilíbrio territorial, critério de mobilidade, acesso ao novo aeroporto, ambiente, natureza técnica e operacional e custos estratégicos de oportunidade.