economia

Doentes operados obrigados a fazer viagem ao ar livre

Os doentes operados no hospital dos Capuchos estão a fazer uma viagem ao ar livre entre dois edifícios, devido a obras que já foram concluídas. O Sindicato Independente dos Médicos alertou que esta transferência pode estar a provocar infecções.

Os doentes operados no hospital dos Capuchos, em Lisboa, têm vindo a ser sujeitos a uma viagem de 200 metros ao ar livre, entre o edifico do bloco operatório e o pavilhão onde vão ficar internados, devido a obras que, entretanto já foram concluídas.

Em declarações à TSF, esta segunda-feira, o director do serviço de cirurgia seis do hospital disse que o percurso entre os dois edifícios, constituído por rampas, curvas e contra-curvas, «é seguro», até porque «os cirurgiões aceitaram trabalhar nessas condições durante as obras».

O professor Pereira Alves adiantou que o processo teve início «por força de circunstâncias de terem de se fazer obras em dois blocos, obras essas que acabaram em Fevereiro».

O director do serviço de cirurgia seis adiantou que, para resolver a situação, o conselho de administração do hospital dos Capuchos tem vindo a realizar várias reuniões com os serviços, no sentido de se decidir que «reorganização que se quer fazer no funcionamento dos serviços».

O médico reconheceu que a situação actual não é a ideal, mas sim a possível e necessária no momento, adiantando que a transferência não prejudicou nenhum doente.

«Mesmo sendo segura, é evidente que a transferência traz algum desconforto e alguns problemas», pelo que «achamos que é uma situação que deve ser resolvida rapidamente, uma vez que as obras foram concluídas», adiantou.

Por seu lado, Carlos Arroz, do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), em declarações são JN, disse que a transferência dos doentes entre os dois pavilhões coincidiu com um aumento dos casos de infecções no hospital.

Redação