Os trabalhadores das indústrias eléctricas do Norte e Centro denunciaram, esta segunda-feira, a deslocalização de algumas multinacionais. Entretanto, os 400 trabalhadores da Yazaki Saltano em Vila Nova de Gaia podem vir a ser integrados no Pingo Doce.
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas do Norte e Centro (STIENC) denunciou, esta segunda-feira, a prática de algumas multinacionais, como a Yazaki Saltano, que apostam na deslocalização.
Em conferência de imprensa, o porta-voz do STIENC, criticou as empresas que, «há duas décadas, sacaram o mais que puderam da União Europeia e do Estado português e que agora, como os fundos terminaram, vão procurar outras paragens para fazer exactamente o que fizeram em Portugal».
Miguel Moreira falava em especial sobre a Yazaki-Saltano, que já empregou 7500 trabalhadores em Portugal e, neste momento, tem pouco mais de mil.
Só na semana passada, a multinacional anunciou o despedimento de 400 trabalhadores na unidade de Vila Nova de Gaia.
Quanto ao envolvimento da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia na tentativa de encontrar empresas que possam contratar os cerca de 400 trabalhadores, Miguel Moreira confessou que só ouviu falar na hipótese de os funcionários serem colocados no Pingo Doce.
«A câmara diz que tem uma parceria com o Pingo Doce, mas aquilo que sabemos é que os trabalhadores não são contemplados» nela, porque a cadeia alimentar «procura trabalhadores mais jovens», disse, concluindo que essa solução não tem qualquer valor.