economia

Trabalhadores encaminhados para formação e criação de empresas

O Governo vai encaminhar os trabalhadores da Delphi e da Yazaki para formação profissional e para a criação das suas próprias empresas. O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins já aplaudiu a medida, mas pede celeridade na sua aplicação.

Os ministérios da Economia e da Inovação e o do Trabalho e da Solidariedade Social vão encaminhar os trabalhadores despedidos das indústrias da Delphi e da Yazaki para a formação profissional e para a criação das suas próprias empresas.

Num comunicado conjunto divulgado esta segunda-feira, os ministérios prometem instalar «duas unidade de acolhimento - uma em Gaia e outra em Ponte de Sor - com técnicos do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI)».

As duas tutelas vão ainda disponibilizar «recursos regionalmente orientados para a criação de empresas», estando, em paralelo, «a ser estudada a viabilidade de apresentação de uma candidatura ao Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização».

No mesmo texto lê-se que o Governo, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e o IEFP têm acompanhado de perto a evolução da Delphi e da Yazaki, actuando em vários sentidos.

Num primeiro plano, mostraram às duas empresas disponibilidade para acolher em Portugal novos investimentos, fixando parâmetros do pacote de incentivos, o que resultou no investimento que a Yazaki está a negociar com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.

Num segundo plano, está a ser feita uma procura de potenciais comparadores das unidades industriais, estando já em curso negociações privadas entre a Delphi e alguns interessados na Fábrica de Ponte de Sor.

Os dois ministérios assinalaram também que, num trabalho desenvolvido com as autoridades locais, já foi obtida uma garantia do grupo Jerónimo Martins em como acolherá «pelo menos uma centena de trabalhadores da unidade industrial da Yazaki».

Ouvido pela TSF, o secretário-geral do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) mostrou-se satisfeito com as intenções do Governo, advertindo, no entanto, que as ideias têm de passar rapidamente à prática.

«Apoiamos as intenções do Governo», que devem «ser claras e rápidas, porque é isso que vai ajudar a acalmar e a resolver os problemas dos trabalhadores e das suas famílias», frisou José António Simões.

Redação