Terminou sem acordo o encontro entre a Administração da Yasaki Saltano e os representantes dos Trabalhadores. A reunião destinava-se a discutir o valor das indminizações aos 400 trabalhadores que vão ser dispensados da unidade de Vila nova de Gaia.
Começou por ser mais baixa, mas a proposta de acordo da administração da Yazaki foi revista e aumentada durante a reunião.
Fernanda Tavares, directora do Departamento de Recursos Humanos da empresa, informou os jornalistas sobre os valores que colocou em cima da mesa, ou seja, «1,75 de indemnização acrescidos de dois meses pelo facto de não ser dado o aviso-prévio aos colaboradores».
«Terão também todos os seus direitos pela cessação de contrato mais dois meses de bónus adicional se cumprirem o plano de produção e os níveis de qualidade até ao final do mês de Abril», acrescentou, sublinhando que, neste momento, «mais é impossível».
Ao lado de Fernanda Tavares estiveram representantes das duas estruturas sindicais que defendem os direitos dos trabalhadores da Yazaki.
Rui Fidalgo, do Sindel, foi o que saiu mais satisfeito da reunião, já que a proposta da administração é «muito semelhante» à que o sindicato defende.
Já para Miguel Moreira, a proposta da empresa é «insuficiente», insistinto que a solução mais acertada era que não houvesse despedimentos.
Na reunião, a administração reafirmou ainda a disponibilidade para reintegrar 25 dos 400 funcionários na fábrica de Ovar.