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Deputados do PS questionam «desigualdade» em descontos

Vários deputados do PS exigem uma explicação do ministro das Finanças sobre a cobrança dos descontos feitos pela ADSE aos aposentados. Irene Veloso explicou que estes descontos foram de 14 meses para os reformados e de 12 para as pessoas no activo.

Um grupo de deputados do PS dirigiu, esta quinta-feira, um requerimento ao ministro das Finanças questionando a razão pela qual os aposentados da ADSE foram prejudicados, em relação aos trabalhadores no activo, nos descontos que fizeram o ano passado.

«Em Novembro, apareceu em todos os recibos dos aposentados um desconto sobre o subsídio de Natal e, retroactivamente, sobre o subsídio de férias para a ADSE», enquanto «curiosamente as pessoas no activo só descontaram sobre 12 meses, como aliás estava previsto», disse a socialista Irene Veloso.

Três meses depois e perante o silêncio da tutela, a deputada do PS querer um esclarecimento cabal do ministério liderado por Teixeira dos Santos sobre esta «desigualdade», considerando que a mesma pode ferir a Constituição Portuguesa.

Irene Veloso contou que consultou os juristas sobre o caso e que estes afirmaram que a situação não tem «qualquer fundamento possível», mas admitiu que na sua origem possa estar apenas «um erro dos serviços da ADSE».

«Não é um valor muito importante porque estamos a falar de um por cento, mas porquê descriminar os aposentados, quando não há qualquer razão na lei que o permita», questionou.

A socialista exige agora que o Ministério das Finanças corrija a «desigualdade» e reponha o valor retirado aos aposentados da ADSE, por considerar a situação «inconstitucional».

O requerimento da deputada não é subscrito por nenhum elemento da direcção da bancada socialista, mas conta com o apoio de outros elementos do partido, como Teresa Portugal, Vasco Franco e Teresa Venda.

Contratado pela TSF, o Ministério das Finanças informou que a resposta de Teixeira dos Santos será dada directamente aos deputados socialistas.

Redação