O Governo manteve inalteradas as previsões para o crescimento da economia nas Grandes Opções do Plano (GOP) para 2009, numa altura em que as instituições internacionais e nacionais estão a rever as suas estimativas.
As Grandes Opções do Plano para 2009, a que a agência Lusa teve acesso, mantêm no cenário macroeconómico a previsão de que a economia portuguesa cresça 2,2 por cento em 2008 e 2,8 por cento em 2009.
Deste modo, o Governo mantém as previsões constantes do Orçamento do Estado para 2008, apresentado em Outubro do ano passado, apesar das instituições internacionais, como o FMI, e nacionais, como o Banco de Portugal, estarem a rever em baixa as suas estimativas.
Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa a previsão de crescimento para a economia portuguesa para este ano, dos 1,8 para os 1,3 por cento.
Para 2009, o FMI espera que Portugal cresça 1,4 por cento.
O Banco de Portugal vai divulgar terça-feira o boletim económico de Primavera, em que deve rever em baixa a previsão de crescimento para a economia portuguesa.
O governador do Banco de Portugal admitiu na terça-feira passada que a instituição iria cortar a previsão para 2008 e 2009, antecipando, contudo, que o país continuasse a crescer mais do que a Zona Euro.
O boletim económico de Inverno, apresentado no início de Janeiro, previa um crescimento de 2,0 por cento para a economia portuguesa em 2008 e de 2,3 por cento para 2009.
O Governo mantém inalteradas as previsões para a inflação e taxa de desemprego.
Segundo as GOP para 2009, a taxa de inflação deverá situar-se nos 2,1 por cento, tanto em 2008 como 2009.
A estimativa para a taxa de desemprego mantém-se nos 7,6 por cento, em 2008, descendo para os 7,2 por cento, em 2009, de acordo com o documento entregue aos parceiros sociais.
Entretanto, ouvido pela TSF, o director do Diário Económico, André Macedo, considerou que o Governo «está apenas adiar um recuo que será inevitável».