O Governo não cede e reafirma que não há aumentos intercalares para a Função Pública. A exigência foi feita pela Frente Comum e pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado depois de na segunda-feira terem ficado a saber pelo INE que a inflação no mês passado atingiu os 3,1 por cento com uma media anual a rondar os 2,6.
Na reunião desta amanhã com o secretário de Estado da Administração Pública os sindicatos insistiram, mas João Figueiredo diz que este ano não há condições para aumentos extraordinários.
O Governo assegura que está atento à subida da inflação e em geral à situação que os funcionários públicos enfrentam, mas o secretário de Estado afasta a hipótese de negociações salariais antes do calendário previsto na lei.
«É uma questão que tem de ser vista no momento próprio e no processo negocial próprio, que não é agora, mas em Setembro», lembra João Figueiredo.
O responsável pede bom senso para bem do equilíbrio das contas públicas: «Não podemos avançar com medidas que certamente podiam satisfazer muita gente, mas seriam insensatas, colocar em causa todo o esforço que temos vindo a fazer».
A Frente Comum e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado insistem que há condições para um aumento salarial no meio do ano, mas o Governo reafirma que os acertos nos ordenados só vão ser feitos em 2009.