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Covilis apresenta projecto inovador de 20ME

A Covilis, da multinacional Saint-Gobain, apresenta hoje um projecto de 20 milhões de euros, que visa a produção de um vidro inovador dirigido ao mercado da energia termosolar. A Covilis vai ser a primeira e única empresa no mundo a produzir este vidro. A nova fábrica será na Póvoa de Santa Iria.

O projecto, que tem como objectivo criar «capacidade industrial de produção de um tipo de vidro altamente inovador e desenvolvido pelo grupo Saint-Gobain, o espelho curvo de alto rendimento destinado ao mercado termosolar», será divulgado durante uma visita do ministro da Economia à unidade na Póvoa de Santa Iria, em Vila Franca de Xira.

«Trata-se de um investimento com alta tecnologia e de dimensão mundial, que mostra como Portugal está a ficar mais competitivo», disse à Lusa Manuel Pinho.

A nova fábrica ficará instalada na actual unidade da Covilis, na Póvoa de Santa Iria, através da ampliação da construção em 12.000 metros quadrados.

Após a ampliação, a unidade ficará com 20.000 metros quadrados.

De acordo com o Ministério da Economia e da Inovação, esta será a maior fábrica de espelhos cilíndricos a nível mundial, com uma capacidade superior a cinco campos solares.

O projecto, que prevê também o aumento da capacidade de produção de vidro temperado para painéis térmicos e fotovoltaicos, irá gerar cerca de 30 postos de trabalho qualificados e a manutenção de mais 100.

A unidade da Póvoa de Santa Iria será a primeira e única no mundo a produzir este tipo de vidro -- espelhos curvos de alto rendimento, com grande resistência mecânica, permitindo um mais eficaz aproveitamento da luz solar -, refere o Ministério da Economia e da Inovação.

De acordo com o ministério tutelado por Manuel Pinho, a unidade da Póvoa de Santa Iria ganhou o projecto a Espanha, devido ao seu desempenho e «credibilidade técnica junto da direcção-geral do grupo».

De início, adianta uma nota do ministério, o grupo Saint-Gobain pretendia dividir a industrialização deste tipo de vidro entre a Covilis, em Portugal, e uma unidade no mercado espanhol, por ser este o principal destino do novo produto.

Aliás, 90 por cento da produção dos espelhos curvos de alto rendimento destina-se à exportação, dirigido ao mercado emergente das energias renováveis.