A economia portuguesa vai convergir com a Zona Euro em 2008, prevê a Comissão Europeia. Apesar desta convergência, a comissão prevê um abrandamento do PIB nacional para os 1,7 por cento e problemas para a economia portuguesa.
A economia portuguesa vai convergir com a Zona Euro em 2008, muito embora esteja previsto um abrandamento na evolução do PIB nacional, adiantou a Comissão Europeia nas suas Previsões de Primavera, divulgadas esta segunda-feira.
Segundo este documento, o PIB português crescerá apenas 1,7 por cento contra os dois por cento previstos anteriormente, uma situação que mesmo assim prevê a primeira situação de convergência em sete anos.
Já em 2009, segundo a Comissão Europeia, o crescimento do PIB português deverá ser de 1,6 por cento, também acima do crescimento da Zona Euro, que se deverá situar nos 1,5 por cento.
Apesar disto, o crescimento português vai continuar abaixo do ritmo do da União Europeia, que deverá de dois por cento em 2008 e de 1,8 por cento em 2009.
O executivo comunitário adiantou ainda que a economia portuguesa poderá vir a ser afectada por «desenvolvimentos externos adversos» num cenário agravado por «fragilidades estruturais persistentes» e «baixo crescimento do PIB potencial».
Para Bruxelas, o actual crescimento do PIB português «parece estar a ser diminuído» por causa da desaceleração económica dos seus maiores parceiros económicos, dos efeitos das perturbações no mercado de crédito e alta dos preços da energia e alimentação.
Neste relatório, a comissão avisou ainda que o défice orçamental poderá «se deteriorar» por causa da diminuição da taxa do IVA que vai passar de 21 para 20 por cento.
A comissão alertou que num «cenário de políticas inalteradas», o desquilíbrio negativo das contas portuguesas poderá aumentar para 2,6 por cento do PIB.
No que toca ao desemprego, Bruxelas reviu em ligeira baixa esta taxa para os 7,9 por cento, quer em 2008, quer em 2009, mesmo tendo em conta a desaceleração do crescimento português.
Nas suas Previsões de Outono, a Comissão Europeia previa uma taxa de desemprego para Portugal de oito por cento, quer para 2008, quer para 2009.