A economia norte-americana cresceu 0,6 por cento, em ritmo anual, no primeiro trimestre, mantendo o nível dos três meses anteriores. Está assim afastado o cenário de recessão económica avançado por alguns especialistas.
O número hoje divulgado pelo Departamento do Comércio saiu melhor do que a média de previsões dos oitenta analistas ouvidos pela agência Bloomberg, que apontavam para 0,5 por cento, e é preciso ir até o quarto trimestre de 2002 para encontrar uma taxa de crescimento mais fraca.
As despesas das famílias, que têm o maior peso no Produto Interno Bruto (PIB), aumentaram no primeiro trimestre ao ritmo mais lento desde 2001, quando os Estados Unidos estavam em recessão, enquanto as perdas de emprego subiam, os preços da alimentação e da energia aceleravam e o valor das propriedades caía.
A economia teria sofrido uma contracção no primeiro trimestre se não tivesse havido um aumento dos stocks provavelmente causado pelo abrandamento das vendas.
Este relatório é o primeiro para o trimestre e será revisto em Maio e Junho na base de novas informações.
Estes números eram muito esperados pelos economistas que estão na sua maioria convencidos de que os Estados Unidos já entraram em recessão.
A definição mais corrente da recessão é a sucessão de dois trimestres de crescimento negativos.
No entanto, o departamento encarregue do registo das recessões nos Estados Unidos tem uma definição mais complexa que toma em consideração vários factores, nomeadamente o de um período prolongado de fraqueza económica.