A CMVM admitiu que podem existir indícios de manipulação de resultados na investigação que foi feita ao BCP. Na Comissão de Inquérito Parlamentar, o vice-presidente do organismo regulador Amadeu Ferreira adiantou que a investigação está praticamente concluída.
O vice-presidente da Comissão de Mercado e Valores Mobiliários admitiu que existem indícios de manipulação de resultados na investigação que foi feita ao BCP e que podem resultar na abertura de vários inquéritos.
Na Comissão de Inquérito Parlamentar, Amadeu Ferreira explicou que investigação que está a ser levada a cabo pela CMVM está praticamente concluída e que as «investigações são várias qualitativamente falando».
«Os processos que daqui resultarem poderão ser mais. Ainda não sei quantos vão ser. Investigações de natureza criminal elas existem e estão em curso. Pensamos concluí-las brevemente», acrescentou.
Amadeu Ferreira clarificou ainda que a CMVM está a perseguir indícios de manipulação de mercado por parte do maior banco privado português, mas lembrou que a questão tem de ser estrutura e que o crime tem de ser «imputado a pessoas».
Este responsável da CMVM admitiu também que existe a possibilidade de algumas questões que estão a ser investigadas já terem prescrito num processo de investigação que é longo.
«O entendimento da CMVM sobre esta matéria é o seguinte: pensamos que poderemos estar no âmbito de um plano que foi executado e que envolveu um conjunto de procedimentos e operações», concluiu.
Amadeu Ferreira confirmou ainda que não houve falhas de supervisão e que quando houve sinais de alerta em 2002 foram pedidos esclarecimentos ao BCP, esclarecimentos que foram aceites pela CMVM.
Perante os deputados da Comissão de Inquérito Parlamentar, o vice-presidente da CMVM lembrou que a entidade reguladora tem de aceitar a boa-fé das instituições financeiras.