O ministro da Economia acredita que as exportações portuguesas para a Venezuela têm espaço para «multiplicar por dez». O Governo assina, esta terça-feira, um acordo com Caracas para pagar em exportações parte do petróleo venezuelano que importar.
O ministro da Economia e da Inovação anunciou, esta terça-feira, que as exportações portuguesas para a Venezuela têm espaço para «multiplicar por dez».
No primeiro de três dias de visita à Venezuela, o Governo vai assinar um acordo complementar de cooperação que prevê que Portugal pague em exportações cerca de um terço do total das importações que fizer de petróleo venezuelano.
«Estamos a celebrar um acordo com características verdadeiramente únicas que vai permitir a Portugal vender à Venezuela produtos em contrapartida das nossas importações de petróleo», disse o ministro.
Com este acordo, uma parte dos barris de petróleo que a GALP importar da Venezuela serão pagos directamente com produtos exportados por empresas nacionais, com especial destaque para produtos «farmacêuticos», agro-alimentares, tecnológicos e materiais de «construção».
«Há sectores que já estão bem identificados», como o da energia, visto que «curiosamente» Portugal «ganhou uma grande reputação no que diz respeito às energias renováveis», destacou o titular da pasta da Economia.
Ao mesmo tempo que serão celebrados este e outros acordos com Caracas, também vai ser feita uma grande mostra de produtos portugueses na Venezuela.
Para além de Manuel Pinho, o primeiro-ministro, José Sócrates, faz-se acompanhar nesta visita pelos ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros e das Obras Públicas e pelos secretários de Estado das Comunidades, do Comércio e do Turismo, bem como por um grupo de empresários.