Desporto

Comentadores do Sporting recusam-se a deixar televisões

Jorge Amaral/Global Imagens

O presidente do Sporting quer que todos os comentadores do clube abandonem as colaborações com os canais televisivos. Mas a maioria mostra vontade de continuar as participações na televisão.

Fernando Mendes, um dos comentadores televisivos do Sporting, garantiu à TSF que vai continuar a colaborar com a CMTV.

No último sábado, o presidente do Sporting apelou a um boicote à comunicação social e pediu aos adeptos que não comprem mais jornais desportivos e que não vejam qualquer canal de televisão, a não ser o do clube.

O Diário de Notícias avançou, esta segunda-feira, que Bruno de Carvalho deve reunir-se esta tarde com todos os representantes do clube que fazem comentário desportivo nas televisões. O encontro terá sido marcado no último domingo. Mas a maioria dos comentadores mostrou vontade de continuar a participar nos programas televisivos.

Ouvido pela TSF, Fernando Mendes, que colabora com a CMTV, garante que vai continuar a fazê-lo e que não tem qualquer intenção de ir à reunião marcada para esta tarde.

"Se houver reunião, eu não vou. Acho que não faz sentido nenhum", declarou o comentador. "Respeito-o a ele [a Bruno de Carvalho], continuarei a apoiá-lo enquanto presidente do Sporting, mas há coisas que não fazem sentido para mim", afirmou Fernando Mendes.

O comentador deixa um recado a Bruno de Carvalho: "Ele que faça o excelente trabalho que está a fazer à frente do Sporting e deixe os comentários e os comentadores em paz"

O presidente do Sporting quer que todos os comentadores do clube abandonem as colaborações com os canais televisivos.

Até agora, o único comentador afeto ao clube que deixou essa possibilidade em aberto foi Manuel Fernandes, que participa no programa "Play-Off", da Sic Notícias. O comentador disse que iria esperar por uma conversa com Bruno de Carvalho, antes de tomar uma decisão. O antigo jogador é o único dos comentadores do Sporting que tem um vínculo laboral ao clube.

A TSF contactou também a Liga de Clubes e o Ministério da Cultura - que tutela a Comunicação Social -, mas ambos recusaram fazer qualquer comentário sobre o assunto.