O ministro Mário Lino disse, este sábado, compreender o descontentamento dos professores, mas sublinhou que a avaliação dos docentes e a gestão das escolas são «reformas absolutamente necessárias», das quais o Governo não abdica.
Ao intervir num plenário de militantes da Federação Distrital de Coimbra do PS, Mário Lino disse que «o Governo não está disponível para abdicar» destas «reformas absolutamente necessárias para o país», embora esteja aberto «a melhorar, a alterar».
«Estamos sempre abertos, e a ministra já o disse, a melhorar, a alterar, que haja contribuições. O Ministério da Educação já fez mais de 100 reuniões com os sindicatos desde que esta discussão começou», frisou, sublinhando, contudo, que «melhorar não é parar».
Referindo-se à questão da avaliação dos docentes, Mário Lino reconheceu que «há muitos professores que estão descontentes com esta matéria».
«Compreendo perfeitamente esse descontentamento. Não me indigna esse descontentamento. Mas é preciso que fique claro uma coisa: temos hábitos enraizados, nesta matéria, muito grandes, e que não há reforma a sério que alguém possa fazer que não gere um grande descontentamento», disse ainda
o ministro das Obras Públicas, ao frisar que todas as profissões e actividades «têm de ser avaliadas».
Na sua intervenção, Mário Lino disse ainda que o governo não quer que «o Ministério da Educação, as escolas sejam afastadas dos professores».
Mário Lino saudou ainda a sua colega com a pasta da Educação no governo, salientando que Maria de Lurdes Rodrigues que, «neste momento, precisamente para conduzir uma política que o governo considera da maior importância para o país, tem de enfrentar muitas dificuldades».