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Há uma «esquizofrenia» sobre alegados recuos do Governo

O porta-voz do PS considerou, esta quarta-feira, existir «uma esquizofrenia dos recuos» na análise à actuação do Governo. Para Vitalino Canas, como o Executivo tem feito «muitas coisas bem», não se deve «perder tempo» a apontar o que correu mal.

O porta-voz do PS considerou, esta quarta-feira, numa reunião da Comissão Política Nacional do PS sobre os três anos de governação socialista, existir «uma esquizofrenia dos recuos» do Governo, que deve ser «ultrapassada».

«Estamos um pouco remetidos à esquizofrenia dos recuos», em que, «quando não se mostra flexibilidade» trata-se de um recuo, e quando não se mostra, o Governo é «arrogante», frisou Vitalino Canas, no dia em que o Executivo liderado por José Sócrates assinala três anos em funções, com uma reunião antecipada do Conselho de Ministros.

Para o Partido Socialista, não é necessário apontar o que o actual Executivo fez mal durante os três anos, porque, como fez «muitas coisas bem», não se deve «perder tempo» com o que correu mal.

Na avaliação que fez dos três anos de governo socialista, Vitalino Canas reconheceu que a lista de medidas positivas aparece apenas manchada pela manifestação de cerca de cem mil professores contra a aplicação da avaliação dos docentes.

No entanto, o porta-voz do PS reconheceu que houve uma ligeira aproximação entre o Governo e os professores, para substituir o «clima de confronto» por um ambiente de «diálogo» sobre a avaliação dos docentes.

Vitalino Canas lembrou ainda que a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, sempre disse que a avaliação dos professores era para ser feita em dois anos, sublinhando que o modelo de avaliação dos docentes será afinado à medida que for progredindo.

Redação