A Gebalis está de novo a ser investigada pela Polícia Judiciária. A informação é avançada pela vereadora da habitação social e acção social. A Gebalis é a empresa municipal que gere os bairros sociais da capital, num total de 24 mil casas camarárias.
A vereadora Ana Sara Brito revelou, esta quarta-feira, que desde há cerca de um mês a PJ está a investigar a Gebalis.
Questionada na reunião de câmara sobre um e-mail que denuncia situações irregulares na empresa, a responsável adianta que já estava a decorrer uma auditoria interna a pedido do novo conselho de administração da Gebalis quando a PJ decidiu avançar com as averiguações.
Ana Sara Brito diz que ainda não há conclusões para o caso, até porque este é um processo em fase de investigação, numa altura em que «têm sido chamados funcionários a prestar esclarecimentos».
A vereadora da acção social afirma que a PJ está também a investigar a direcção municipal de habitação. Quanto a este caso é que haverá 14 pessoas implicadas em procedimentos menos claros.
Ana Sara Brito explica também que estes são dois casos diferentes que a PJ está a investigar.
Segundo o Público Online, pelo menos 14 pessoas estão implicadas em suspeitas de irregularidades na sequência do trabalho da equipa de Maria José Morgado, que coordena a investigação a todos os inquéritos que resultaram da sindicância em curso na Câmara de Lisboa.
Em Abril do ano passado, um relatório à actuação da Gebalis, elaborado pelo departamento de auditoria interna da Câmara de Lisboa, detectou algumas irregularidades, como o fraccionamento da despesa em empreitadas, obras lançadas por concurso limitado e por ajuste directo.
A empresa voltou a ser notícia em Julho do ano passado, quando o presidente da Gebalis, Francisco Ribeiro, foi acusado de alegado financiamento da promoção de um concerto de apoio à campanha de Carmona Rodrigues à presidência da Câmara de Lisboa. Francisco Ribeiro era o sétimo candidato na lista independente de Carmona Rodrigues ao executivo camarário.