O PS rejeita a ideia de que Cavaco Silva quis fazer passar uma mensagem política ao vetar o diploma que prevê a transferência da gestão da zona ribeirinha de Lisboa para a autarquia.
Perante o veto do presidente da República Vitalino Canas, porta-voz do PS, diz que resta ao Governo reanalisar o diploma e que a transferência dos terrenos administrados pelo Porto de Lisboa para a autarquia da capital era essencial.
«Não conhecemos os fundamentos do veto. Esta iniciativa do Governo é muito importante para a cidade de Lisboa e para outras zonas do país», afirmou Vitalino Canas.
Apesar de não se conhecerem as razões do veto de Cavaco Silva, David Pontes, director adjunto do Jornal de Notícias arriscou uma justificação.
«Há uma pergunta que muitas pessoas faziam desde o início: Porquê só o concelho de Lisboa?», questionou David Pontes, acrescentando que o veto do presidente da República poderá estar relacionado com a capacidade de discernir que «se estava a legislar casuisticamente».
«O veto pode ter este sentido de Estado de perceber que uma lei que ser genérica e aplicada a todos», acrescentou.