José Sócrates garantiu, este sábado, que o PS não faz comícios «para responder a ninguém». No balanço dos três anos de governo, o socialista destacou as medidas implementadas na Economia, na Educação, bem como o não encerramento da Segurança Social.
José Sócrates garantiu, ao encerrar o comício deste sábado, que o PS não faz «comícios contra ninguém» nem «para responder a ninguém», contestando assim às vozes que acusam o partido de realizar o encontro para responder à manifestação de professores, no último sábado.
«Este comício é para assinalar três anos de Governo, três anos de mudança, de evolução e de trabalho sério para modernizar o país», disse, acrescentando que o encontro «não é para falar mal de ninguém,», mas sim «para falar do país e do futuro».
Apesar de frisar que a realização do comício não tinha qualquer relação com a manifestação dos docentes, Sócrates manifestou o seu apoio à ministra da Educação por decidir implementar a avaliação dos professores, apesar dos protestos.
Sócrates sublinhou que a avaliação dos professores é uma reforma com resultados à vista, como é o caso da diminuição do insucesso escolar e o aumento do número de alunos no ensino secundário.
No balanço dos três anos de governação, o primeiro-ministro destacou que «o défice abaixo doa três por cento, o crescimento económico maior dos últimos três anos» e a criação de «94 mil novos postos de trabalho» são alguns dos resultados «do rigor, da competência e da seriedade» do Executivo.
Sócrates destacou ainda o facto de existir «mais educação, tecnologia e igualdade e politicas sociais mais justas» do que há três anos, bem como a manutenção da «Segurança Social publica», o que impediu que «as pensões fossem «entregues aos caprichos dos mercados financeiros».
Respondendo aos que o acusam de mudar muito em pouco tempo, o chefe do Governo disse que é assim que via continuar a sua governação, porque «Portugal não pode ser um país adiado».
O comício do PS contou com milhares de pessoas, entre as quais sete ministros, quatro secretários de Estado e ainda dois antigos ministros, designadamente o ex-ministro da Saúde, Correia de Campos, e a ex-ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima.
No exterior do pavilhão do Académico do Porto, onde decorreu o encontro, estiveram reunidas centenas de professores, numa concentração que, frisaram, não se tratava de uma provocação.