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Menezes vai defender abolição das quotas no próximo Congresso

O líder do PSD anunciou, este sábado, que no próximo congresso partidário vai propor a abolição do pagamento das quotas, que passariam a donativos facultativos. Ouvido pela TSF, António Capucho mostrou-se em «completo desacordo» com a proposta.

O presidente do PSD anunciou, este sábado, que no próximo congresso partidário, que deverá realizar-se em 2009, irá propor a abolição do pagamento das quotas, que passariam a donativos facultativos.

«No próximo congresso partidário irei propor a abolição do pagamento de quotas e a passagem da quota a um donativo facultativo», disse Luís Filipe Menezes, que discursava em Santa Maria da Feira, num encontro com presidentes de junta de freguesia do PSD.

Para o líder social-democrata, «a ligação com o partido aos seus militantes não pode depender, nomeadamente quando já vivemos à custa de uma dádiva muito significativa do Orçamento de Estado, de uma lógica mercantilista de pagar cinco, seis ou sete euros por ano».

Menezes manifestou-se confiante de que «a generosidade dos militantes» pode garantir o funcionamento das secções e distritais do partido.

A alteração dos regulamentos do PSD, aprovada por larga maioria em Conselho Nacional, abriu uma crise no partido, com os críticos da direcção de Menezes a contestarem as novas regras.

Entretanto, ouvido pela TSF, o presidente da Câmara de Cascais mostrou-se em «completo desacordo» com a proposta, considerando que «esta nova modalidade de não pagar quotas abre complemente as portas» ao «caciquismo».

«Cada um vai passar o tempo a angariar falsos apoiantes, para virem votar nas alturas chave», acrescentou António Capucho, frisando que, como em qualquer colectividade, «o mínimo é que os militantes dos partido contribuam minimamente para as despesas do partido».

Redação