Luís Filipe Menezes considera que depois de um ministro da Saúde muito interventivo, os portugueses estão agora confrontados com um cenário em que a responsável pela pasta quase desapareceu.
O líder do PSD visitou, esta tarde, o Serviço de Atendimento Permanente de Vieira do Minho, em Braga, onde defendeu que o Governo deve dar incentivos aos médicos que se mostrem disponíveis para trabalhar no interior do país.
Menezes questionou o trabalho que está a ser desenvolvido pela ministra Ana Jorge.
«Tínhamos ministro a mais, agora parece que temos ministra a menos», afirmou Menezes, em declarações aos jornalistas, no final de uma visita ao Centro de Saúde de Vieira do Minho.
«Viemos visitar uma unidade de saúde do interior do país para alertar que estamos a passar de uma fase em que existia uma política algo voluntarista
e muito contestada para uma situação preocupante de ausência de política», salientou o líder social-democrata.
Luís Filipe Menezes pede também ao Governo para apostar nas unidades de saúde do interior do país.
«A expansão das unidades de saúde familiar está a tardar a chegar ao interior, é necessário que sejam criados incentivos complementares para que os profissionais de saúde se mobilizem para vir para o interior», defendeu.
Para Menezes, «o actual modelo não é transportável do litoral para o interior nas actuais condições», frisando que se «corre o risco de ter uma saúde de primeira (no litoral e grandes cidades) e de segunda (no interior)».
Na perspectiva do presidente social-democrata, «não está a haver capacidade de recrutamento de profissionais» de saúde para as zonas do interior do país, recordando que a luta pelo desenvolvimento das áreas mais afastadas do litoral é «uma cruzada do PSD».