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Governo fez tudo o que podia para obter consenso, diz Sócrates

José Sócrates critica a postura adoptada pelo PSD perante o novo mapa judiciário, e garante que o Governo fez tudo o que era«honestamente possível» para que a reforma fosse alvo do mais amplo consenso político.

José Sócrates defendeu a ideia que a reforma do mapa judiciário «não é uma resposta tecnocrática a um problema», representando antes uma proposta que foi «muito discutida e participada», quer com os operadores judiciários, quer ao nível político.

«Sendo um problema de regime, o Governo seguiu o método de ouvir e estimular a participação de todos, e de procurar um apoio político superior à maioria conjuntural que o PS dispõe na Assembleia da República», disse na apresentação do novo mapa, no Pavilhão de Portugal, em Lisboa.

Segundo Sócrates, para que houvesse um maior consenso político, designadamente com o PSD, «o Governo fez tudo o que honestamente era possível».

«Mas ninguém nos pode pedir para que o Governo não faça o seu dever e para que tudo se adie uma vez mais, porque isso não seria bom nem para a justiça portuguesa nem para o país», disse o primeiro-ministro.

Na sua intervenção, Sócrates definiu ainda como «humilde» a reforma do mapa judiciário, já que primeiro avançará em três comarcas piloto e só depois será aplicada em todo o território nacional.

Apesar de garantir a reforma, o primeiro-ministro deixa, no entanto, uma porta entreaberta para possíveis mudanças na reforma do mapa judiciário.

Redação