José Sócrates assumiu, este sábado, que tem estado a «disfarçar estados de alma» durante os três anos de governação, que apelidou de «muito difíceis». O primeiro-ministro acrescentou que um político tem de apresentar sempre «boa cara e ânimo».
O primeiro-ministro assumiu, este sábado, durante a visita a uma aldeia de Vila Nova de Paiva, que tem estado a «disfarçar estados de alma», durante os três anos de governação, que apelidou de «muito difíceis».
Recebido em peso pela população de Vila Cova à Coelheira, José Sócrates quase demonstrou publicamente estar emocionado, quando lhe disseram que a aldeia precisava de cinco quilómetros de estrada.
«Não me quero esquecer destas pequenas coisas. É um drama de um politico que convive com outros problemas bem sérios», que dizem respeito a todos os portugueses, disse, acrescentando que «um político tem o dever de disfarçar os seus estados de alma e apresentar boa cara e ânimo», porque «é disso que o país precisa».
Ao longo de todo o dia que passou em visita ao distrito de Viseu, Sócrates foi mostrando publicamente um estilo mais descontraído que o usual, mas foi em Vila Cova à Coelheira que essa atitude se tornou flagrante.
Perdendo longos minutos a posar com populares para fotografias, distribuindo beijos e apertos de mão por entre as palmas da população, o primeiro-ministro não escondia o seu sorriso.
Antes, de visita à empresa Martifeer, que produz torres para energia eólica e aerogeradores e emprega cerca de 1300 pessoas, o chefe do Governo relembrou uma frase que leu num livro para assinalar o sucesso da empresa: «Estratégia tem a ver com ganhar».