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PCP preocupado com «governamentalização»

O PCP criticou, esta tarde, a reforma da política de defesa e considerou que a criação de um comando conjunto serve para aprofundar a «governamentalização das Forças Armadas». Os comunistas avisam que esta situação pode ser mais um facto de instabilidade para os militares.

Em conferência de imprensa, o PCP afirmou que esta reforma pode aumentar o clima de «desmotivação e instabilidade» que se vive nas Forças Armadas.

Rui Fernandes, da Comissão Política deste partido, suspeita que a intenção é seguir cada vez mais o padrão NATO.

«A criação desse comando obedece apenas a mais uma medida de padronização das Forças Armadas portuguesas com aquilo que é a prática na NATO e União Europeia. O objectivo não é satisfazer as necessidades» que o sector possa ter em Portugal, defendeu.

Para o PCP vai assistir-se também a «uma maior governamentalização das Forças Armadas», reunindo-se no Ministério da Defesa «matérias que hoje são da responsabilidade dos próprios ramos».

Os comunistas contestam ainda o enfoque da política da defesa que implica a crescente participação das Forças Armadas Portuguesas em missões externas.

Redação