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PSD e CDS contestam, PCP e BE apoiam

O PSD contesta a decisão do Governo de construir a nova ponte sobre o Tejo entre Chelas e o Barreiro, afirmando que os técnicos defendiam a opção Beato-Montijo. O CDS alerta para o impacto que a nova ponte vai ter na cidade de Lisboa. O Bloco de Esquerda apoia a nova localização.

Jorge Costa, porta-voz do PSD para o sector das Obras Públicas, lembra que, à excepção da RAVE, e ao contrário do que afirma o primeiro-ministro, todos os técnicos defendiam que a ponte fosse localizada entre o Beato e o Montijo.

«Houve um grande secretismo à volta disto porque o governo não revelou os critérios», afirmou, acrescentando que «parece haver uma enorme precipitação, porque todas as notícias que tinham vindo a público indicavam que a solução Beato-Montijo era melhor».

António Carlos Monteiro, do CDS/PP, alerta para o grande impacto que ponte Chelas-Barreiro vai ter na cidade de Lisboa, não só a nível ambiental como também ao nível paisagístico.

Já o Bloco de Esquerda manifesta-se preocupado com o financiamento da obra mas «não tem objecções» quanto à opção Chelas-Barreiro.

Helena Pinto, deputada do Bloco de Esquerda, alerta para a necessidade de criar «regras transparentes para o financiamento» da nova ponte. O BE não quer que se repita um contrato de concessão semelhante ao da Lusoponte, para que se «evite um monopólio» da Lusoponte sobre o Tejo.

O PCP, pela voz do deputado Bruno Dias, também não quer que a exploração da nova ponte seja entregue a privados mas, na mesma linha do BE, concorda com a opção hoje anunciada pelo Governo.

«Coloca-se a necessidade de termos em conta a gestão e a exploração deste negócio, que não deve ser entregue a privados como aconteceu na ponte Vasco da Gama e na ponte 25 de Abril», sublinha.

Redação