Os professores de português querem a definição de regras claras em relação à aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Entretanto, o ministro da Cultura diz que ainda não sabe quando estas regras serão aplicadas, uma vez que o parlamento ainda não ratificou o acordo.
A Associação de Professores de Português defende que as regras de aplicação do acordo ortográfico devem ser claras durante o período de transição para que alunos e professores não sejam surpreendidos em épocas de exame.
Em declarações à TSF, o presidente desta associação questionou-se se o período de transição de seis anos significa que as pessoas podem utilizar já as novas regras ortográficas.
Paulo Feytor Pinto entende que é preciso definir se os que querem aderir já as novas regras se o podem fazer ou se apenas o podem fazer daqui a seis anos, uma situação que convém clarificar por causa das provas de aferição e exames.
«Na verdade, saber quais são as alterações que esta nova norma introduzirá na ortografia, diria que para qualquer professor de professor basta entre 30 segundos a 30 minutos», acrescentou o presidente da APP.
Entretanto, o ministro da Cultura revelou desconhecer quando é que as novas regras do acordo ortográfico «vão ser progressivamente postas em vigor», mas lembrou que quem usar a grafia que se tem usado até agora não deverá ter problemas.
«Certamente que não será marcado um erro. Será explicado que temos uma regra nova e será diferente. Mas não será nada mais que isto», explicou José António Pinto Ribeiro, em declarações à TSF.
O titular da pasta da Cultura acrescentou ainda que o próximo passo neste processo é a ratificação do acordo por parte da Assembleia da República, sendo que se esta for aprovada caberá ao Presidente da República a promulgação da nova lei.
«Depois disso, é publicado o diploma e entra em vigor. E nessa altura é preciso começar a dar execução a estas coisas», concluiu o ministro, quando questionou sobre quem sabe quando as novas regras serão aplicadas.