O PCP da Madeira anunciou, esta segunda-feira, no Fórum TSF, que vai apresentar um voto de proposto no Parlamento Regional da Madeira devido às declarações polémicas de João Jardim. Para os socialistas, Cavaco Silva foi alvo de uma «ofensa pública».
O Partido Comunista anunciou, esta segunda-feira, que vai apresentar um voto de protesto no Parlamento Regional da Madeira contra as declarações polémicas de Alberto João Jardim.
O presidente do governo regional da Madeira defendeu, este fim-de-semana, que o facto de Cavaco Silva não ser recebido em sessão plenária do parlamento regional, ao contrário do que é habitual, evita que veja o «bando de loucos» que se encontra no plenário.
Em declarações no Fórum TSF, Edgar Silva, deputado regional eleito na lista do PCP visado pelas palavras de João Jardim, disse que o partido vai apresentar «um voto de protesto» contra as «gravíssimas e inaceitáveis declarações», que merecem «censura publica e política».
«Consideramos que o Parlamento, sob a forma do voto de protesto, deve também expressar a sua discordância e protesto contra estas declarações, que ofendem» a Assembleia, acrescentou.
Para João Carlos Gouveia, do PS da Madeira, o Presidente da República foi alvo de uma «ofensa pública» por parte de Alberto João Jardim, que se mantém «igual si próprio» e «separatista».
Com estas declarações, Jardim «quis, de uma forma clara, dizer que o professor Cavaco Silva não merece ser recebido na assembleia legislativa da Madeira», sublinhou.
Na opinião do socialista, «na região, os deputados do PSD não têm voz própria e dependem do livre arbítrio» do presidente do governo regional da Madeira.
Com alguma ironia, Baltazar Aguiar, deputado da Nova Democracia, disse que é necessário ser «paciente» com as declarações de Jardim, porque ele «ficou marcado pela experiência que teve no antigo regime», altura em que foi sujeito a uma «limpeza cerebral».
Por seu lado, também no Fórum TSF, o deputado do PSD Medeiros Gaspar desvalorizou a polémica, afirmando que «toda esta polémica que se está a tentar criar em termos de opinião pública só existe porque a oposição na Região Autónoma na Madeira não consegue ser notícia».
O deputado social-democrata considerou ainda que não é relevante o facto de não haver uma sessão solene no parlamento, defendendo que dar demasiada importância a este caso é uma forma de diminuir a visita do Presidente da República à região.