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Menezes exclui recandidatura

Luís Filipe Menezes excluiu, esta sexta-feira, a possibilidade de se recandidatar à liderança do PSD e disse que ganhará o candidato que apoiar, que será «uma segunda escolha», porque a esmagadora maioria dos militantes está consigo.

Em entrevista à SIC-Notícias, o presidente do PSD excluiu uma recandidatura mesmo que «uma vaga de fundo o leve em ombros até ao terreno de luta», expressão referida pelo jornalista Mário Crespo.

«Não sou candidato», declarou, acrescentando que recebeu «centenas, milhares de apelos para ser candidato» desde que anunciou, na quinta-feira à noite, que ia propor a convocação de eleições directas para a liderança do PSD.

«Durante estas 24 horas tenho tido um apoio esmagador do meu partido, o que me faz dizer que qualquer pessoa que venha a ganhar as eleições será alguém que eu apoiarei, que não combaterei, mas será uma segunda escolha porque esse apoio tem-me sido manifestado de uma forma tão evidente», afirmou.

Questionado sobre se há a possibilidade de reconsiderar a decisão de não ser candidato, Menezes respondeu: «Não, nunca me passou pela cabeça porque a minha posição é muito interiorizada».

O presidente do PSD defendeu ainda que «chegou a altura de os mandantes» do «terrorismo» interno serem candidatos à liderança, apontando os nomes de Manuela Ferreira Leite, António Borges e Rui Rio.

Menezes adiantou que vê «com simpatia» a candidatura de Pedro Passos Coelho, que considerou «bastante coerente», de alguém que combateu a sua liderança «com seriedade».

Quanto à disponibilidade de José Pedro Aguiar Branco para ser candidato, comentou: «Só por brincadeira é que o PSD poderia ter como presidente do partido o dr. Aguiar Branco, só por brincadeira. Aliás, ele ontem [quinta-feira] dizia que ganhava ao engenheiro Sócrates, hoje já tem hesitações».

Redação