O secretário de Estado das Comunidades recusou a ideia de «secretismo» nas eleições para o Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP). O presidente cessante daquele organismo disse que a Comissão Nacional de Eleições «não gastou um único euro» na votação.
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas recusou qualquer ideia de «secretismo» nas eleições deste domingo, que chamam cerca de cinco milhões de emigrantes a escolher os conselheiros para o CCP.
«Nunca nenhum governo anterior organizou umas eleições secretas como estas», alertou o presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas, que não se recandidata nestas eleições, depois de onze anos à frente daquele organismo.
Em declarações à TSF, Carlos Pereira adiantou que «cerca de um terço da população portuguesa é chamada a votar» este domingo «e ninguém saber que há eleições», porque «a Comissão Nacional de Eleições não gastou um único euro» nesta votação.
Sem comentar directamente as palavras de Carlos Pereira, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas preferiu dizer que é normal o facto de não haver candidatos em Espanha, Holanda, Angola, Índia e Cabo Verde.
«Já não é a primeira vez que alguns círculos ficam sem candidatura, mas não é por isso que deixarão de ter representantes, porque a lei prevê justamente um mecanismo para podermos suprir essa iniciativa de candidatura», adiantou à TSF António Braga.
Espera-se uma redução de 20 conselheiros no CCP, o órgão consultivo do Governo para as políticas relativas à emigração e às comunidades.